O entrevistado da vez é Luan Tarlau Balieiro.
Luan Tarlau Balieiro é Doutorando em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), com Estágio Científico Avançado (Modalidade: Doutorado Sandwich no Exterior – SWE/CNPq) em Ciências da Educação, na especialidade de Sociologia da Educação e Política Educativa, no Instituto de Educação da Universidade do Minho (Campus de Gualtar/Braga/Portugal). Mestre em Educação pelo mesmo Programa e Universidade (PPE/UEM). Especialista em Docência na Educação Superior e em Libras pelo Centro Universitário Metropolitano de Maringá (UNIFAMMA). Licenciado em Letras pela UEM, com habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas Correspondentes (com concessão de Láurea Acadêmica de Graduação). No âmbito da pesquisa, tem publicações concernentes à Língua Portuguesa e a outros assuntos que compreendem a área da Educação
Autor da dissertação de mestrado intitulada “Educação e Capitalismo de Plataforma: digitalização e conectividade rizomática no ensino – a virtualidade em tela”, disponível em: https://ppe.uem.br/teses-e-dissertacoes-1/dissertacoes/2022/2022-luan-tarlau-balieiro.pdf
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Básica e Superior (GEDUC) certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Associado da ANPEd (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação; GT 11 – Política da Educação Superior) e da ANPAE (Associação Nacional de Política e Administração da Educação).
Membro-participante da Rede Universitas/BR (Eixo 6: Novos modos de regulação e as tendências em construção no campo da produção do conhecimento).
Pesquisador Externo no Centro de Investigação em Educação (CIEd/UMinho/Portugal).
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Minha trajetória acadêmica teve início em 2014, quando comecei a cursar a Licenciatura em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas Correspondentes, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), no estado do Paraná. Desde criança, sempre apreciei as atividades de escrita e leitura. Letras foi um curso que me propiciou um repertório sociocultural fantástico. No decorrer da graduação, engajei-me em projetos de iniciação científica, tendo a vivência de produzir artigos, participar e apresentar trabalhos em eventos, compreender, com eficácia, o processo da pesquisa acadêmica-científica e suas especificidades. Com a conclusão do curso em 2018, dei início à realização de algumas especializações na área da Educação, outro campo que também sempre me suscitou interesse, dada a sua interdisciplinaridade. Findadas essas especializações, decidi cursar, na UEM, o mestrado na área da Educação, em particular, na linha de pesquisa Políticas e Gestão em Educação. Outra área pela qual senti apreço. Já no mestrado, tive conhecimento do CAEduca por meio das redes sociais e pude participar como apresentador de trabalho, bem como publicar capítulos nos livros organizados pelo evento, a fim de socializar resultados de estudos desenvolvidos no âmbito da Licenciatura em Letras e de reflexões iniciais do Mestrado em Educação. Uma experiência sensacional, oportunizada pelo engajamento que pude ter quando me propus a ingressar no universo da pesquisa, a partir da participação em projetos. Atualmente, encontro-me no doutorado, na linha de pesquisa História da Educação, Políticas e Práticas Pedagógicas do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE/UEM). Realizei, recentemente, um doutorado sanduíche (também compreendido como estágio científico avançado de doutoramento) no Instituto de Educação da Universidade do Minho, em Braga (Portugal). Mais uma vez, pude perpassar por um momento extremamente significativo para o amadurecimento de um pesquisador. Esse amadurecimento, compete enfatizar, cooperou com o desejo de me candidatar à coordenador do CAEduca.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
O que mais me chamou atenção no CAEduca, indubitavelmente, foi o objetivo que o Conselho estabelece em democratizar o conhecimento à sociedade. Precisamos compartilhar os saberes apreendidos em nossas pesquisas, visando ao bem comum. A realização do evento totalmente de forma remota contribui para essa democratização, assim como para a solidificação de vínculos com profissionais e pesquisadores provenientes de outros países. Uma rede de conhecimento firmada com muita seriedade, zelo e competência. O conhecimento é algo plural. Ver as especificidades que cada grupo de trabalho comporta exemplifica muito bem essa pluralidade, a qual carece de ser compartilhada. Considero que o CAEduca tem esse compromisso social.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
O GT 10 – Temas Contemporâneos de Educação – objetiva promover uma interdisciplinaridade entre a área da Educação e demais campos do conhecimento (Ciências Sociais; Ciências Humanas; Linguística, Letras e Artes; Ciências Exatas; Ciências Biológicas; Tecnologia; Ciências da Saúde). Nesse sentido, pondero que o desafio principal do GT reside justamente no que se pode compreender por contemporaneidade. A propósito, reflito que não há uma resposta definitiva. Muitas áreas (a exemplo das já mencionadas) estão interconectadas, de maneira a nos mostrar a potência do conhecimento, que ultrapassa os muros escolares e universitários. Podemos tecer relações entre a neurociência e a educação; entre a sustentabilidade e a educação; entre os direitos humanos e a educação. Trago apenas três exemplos para ilustrar a pluralidade do conhecimento em exercício. Há muito mais exemplos. Acredito que pensar a educação de maneira interdisciplinar é justamente dessa forma. Assim, o GT 10 estabelece o objetivo de fomentar essa interdisciplinaridade, de modo a sempre pensar na democratização do conhecimento.
4) Como a experiência de coordenar um Grupo de Trabalho no CAEduca pode influenciar sua prática acadêmica ou profissional futura?
Pondero que a experiência de coordenar um Grupo de Trabalho no CAEduca pode influenciar a minha prática acadêmica ou profissional futura positivamente. Não posso deixar de salientar, mais uma vez, a questão do amadurecimento como docente e pesquisador. Coordenar um Grupo de Trabalho, em um evento tão significativo para o campo da Educação, como o CAEduca, exige-nos empenho e disponibilidade em contribuir para a socialização do conhecimento. Isso, por si só, oportuniza condições mais maduras à nossa prática acadêmica e profissional, caracterizando-se como uma experiência muito relevante e com resultados significativos tanto para nós (professores e pesquisadores) quanto para a sociedade no geral.
5) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
A dica final que posso dar para que as pessoas produzam textos de qualidade e inovadores é, com certeza, a prática. Engajem-se em projetos de iniciação científica, para quem está começando a adentrar no universo da pesquisa. Escrevam e leiam com frequência. Adquiram repertório sociocultural por intermédio da literatura, da sociologia, da filosofia, da história, alguns exemplos de áreas que possibilitam o desenvolvimento de uma criticidade requerida não só para o mundo acadêmico, como também para a nossa vivência em sociedade. Com o hábito frequente de leitura e escrita, aliado à internalização do repertório sociocultural, a qualidade dos textos evoluirá de forma notória. Pratiquem, escrevam, leiam, questionem; tornem um hábito a busca pelo saber em seus diversos campos.
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