A entrevistada da vez é Ivone Laurentino dos Santos.
Ivone Laurentino dos Santos possui Graduação em Filosofia; especializações lato sensu em “Planejamento e Avaliação Educacional” e”Antropologia e Mundos Contemporâneos”; Mestrado em Psicologia: Universidade Católica de Brasília (UCB). Especialização e Doutorado em Bioética: Tese defendida em Agosto de 2014 – “A (Bio)ética Universal na obra de Paulo Freire”, orientação do Dr. Volnei Garrafa: Universidade de Brasília (UnB). Professora Aposentada (Filosofia e Sociologia) da Secretaria de Estado e Educação do DF, com experiência também em Ensino Superior: graduação e pós-graduação. Membro do Comitê de Ética do Hospital Daher, Brasília. Psicóloga (CRP-01/24388), com formação em Psicanálise Clinica, tendo agregado ao currículo a especialização “A Psicanálise no Século XXI”(FAAP). Conclusão, em Fevereiro de 2024, da residência em Saúde Mental do Adulto (SES – DF). Atualmente professora do Departamento de Processos Psicológicos Básicos – DPP – da UnB.
Estudiosa da obra do filósofo e pedagogo brasileiro Paulo Freire. Autora do livro “Indisciplina e Resistência na Escola: uma descrição fenomenológica”. Graduada em Filosofia; psicóloga afiliada à psicanálise, especialista em Saúde Mental do Adulto (residência SES-DF). Professora de psicologia da Universidade de Brasília (UnB).
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Sou professora de filosofía e ética; mestre em psicologia e Doutora em bioética. Defendi minha tese de doutorado em 2014 e, até então, os meus textos decorriam de necessidades e obrigações ditadas pelos cursos que fiz. Em 2017, quando decidi fazer uma segunda graduação, no sentido de realizar o sonho de me tornar psicóloga, o meu campo de visão ampliou-se significativamente, de modo que intensificou-se em mim o interesse por temas contemporâneos mais diversificados e complexos. Foi nesse contexto que conheci, em 2019, o CAED-Jus e o CAEDUCA, espaços democráticos de produção intelectual, onde tenho a possibilidade de publicar meus textos, que transitam entre as áreas de humanas, do direito (com destaque para os direitos humanos), educação e saúde. Tanto o CAED – Jus quanto o CAEduca são projetos acadêmicos onde me sinto em casa, frente a oportunidade de continuar aprendendo, ao mesmo tempo em que posso contribuir para a formação de outros profissionais e/ou pessoas interessadas nos temas pesquisados e apresentados em Congressos internacionais.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
Todo o projeto CAEduca é bem interessante. O acesso facilitado a publicação de livros impressos; a competência e comprometimento dos profissionais envolvidos e a escolha criteriosa dos GTs animam o meu desejo de contribuir para a produção científica do país. O CAEduca me deixa entusiasmada e motivada para a produção acadêmica, que, de modo geral, é vista, como atividade restrita a algumas pessoas. Também me agrada bastante a qualidade do site CAEduca, bem como a organização cuidadosa de cada evento, sempre pautada no cumprimento de editais publicados com a devida antecedência. Enfim, o CAEduca, assim como o CAED-Jus, demonstram, na prátíca, que ciencia de qualidade pode e deve ser feita com transparência e ética.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
Pensar a educação e os direitos humanos, na contemporaneidade, não é uma tarefa das mais fáceis. Vivemos tempos difíceis, sombrios e tenebrosos; tempos de guerra; de violência; de estruturas institucionais que promovem o assédio moral e sexual, de fake news, de desemprego; de polarização política e acirramento das disputas de classe. Para completar, a pandemia da Covid-19 deixou estragos irreparáveis a curto prazo, causando desesperança e infelicidade e prejudicando gravemente a já precária qualidade de vida dos mais vulneráveis. O grande desafio do GT “Educação e Direitos Humanos” é promover o debate sobre uma proposta de educação em e para os direitos humanos, tendo como escopo a reflexão sobre a necessidade urgente de resgate da dignidade humana de todos os brasileiros, a partir da percepção crítica da sociedade que temos e a possibilidade de construção de uma sociedade mais igualitária e justa, atenta aos intereses das gerações futuras.
4) Como a experiência de coordenar um Grupo de Trabalho no CAEduca pode influenciar sua prática acadêmica ou profissional futura?
Não é a primeira vez que tenho a felicidade de coordenar um GT, tanto no CAEduca, quanto no CAED-Jus, e posso assegurar que se trata de uma oportunidade única de compartilhamento de saberes. No meu caso, a coordenação de um GT, de âmbito internacional, tem impactado positivamente na qualidade das minhas produções individuais. O fato é que, ao produzirmos juntos, aprendemos mais e melhor. Na prática, a avaliação de temas, desenvolvidos por outrem, tem ampliado bastante o alcance da minha visão, melhorando, inclusive, a qualidade das minhas aulas na Universidade de Brasília (UnB). A novidade nessa edição é a oportunidade de coordenar um GT voltado para a “educação e direitos humanos”, tema precioso para quem, como eu, se dedica ao estudo da obra do filósofo brasileiro Paulo Freire, aclamado mundialmente como “pedagogo da liberdade”.
5) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Participo do Caeduca e do Caed Jus desde 2019. Na grande maioria das edições, submeti dois textos (artigos e resumos expandidos). Escrever é tanto inspiração quanto transpiração. Muitas obras primas foram primeiramente rascunhadas; então, insista, escreva e reescreva o seu texto quantas vezes for necessário. Conte com a ajuda preciosa dos avaliadores; em cada uma das produções que enviei para o CAEduca o parecer (contribuições) do avaliador foi imprescindível para a qualidade final do texto. Sendo assim, aposte em você e no seu potencial como escritor; enfim, persista na produção do texto e o resultado dará muito certo. Ah, e evite deixar para a última hora: tempo é fundamental, se levarmos em consideração a necessidade de burilar cada texto, lapidando-o, no sentido de alcançar a qualidade que desejamos.
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