Os entrevistados da vez, são: Valbeci Alves Cabral, José Carlos da Silva Cordovil e Patrícia de Fatima Serrão Mendes.
Valbeci Alves Cabral – membro do Grupo de Pesquisa em Geografia do Turismo da UFPA/GGEOTUR. Colaborador do Projeto de Pesquisa “Espaço, memória e patrimônio na cidade de Cametá-PA”, vinculado à Faculdade de Geografia, Campus Cametá/UFPA.
José Carlos da Silva Cordovil – docente da Faculdade de Geografia, Campus Cametá/UFPA. Membro do Grupo de Pesquisa em Geografia do Turismo – GGEOTUR/UFPA. Atualmente Coordenador do Projeto de Pesquisa “Espaço, memória e patrimônio na cidade de Cametá-PA”; e Coordenador do Subprojeto PIBID Geografia Cametá, ambos vinculados à Faculdade de Geografia, Campus Cametá, da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Patrícia de Fatima Serrão Mendes – licenciada em Geografia pela Universidade federal do Pará. Participante Programa de Estágio para discentes originários de Comunidades Tradicionais na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em parceria com Universidade federal do Pará (UFPA) e o Santander. Colaboradora do Projeto de Pesquisa “Espaço, memória e patrimônio na cidade de Cametá-PA”, vinculado à Faculdade de Geografia, Campus Cametá, da Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente mestranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade de Estado do Pará/PPGG.
Confira a entrevista:
1) Você foi selecionado para o Prêmio CAEduca 2024. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até o Prêmio.
Nós autores e coautores do trabalho integramos a equipe do projeto de pesquisa vinculado à Faculdade de Geografia, do Campus Cametá/UFPA, no qual abordamos a interface entre geografia e patrimônio, além de práticas de educação patrimonial. Esse projeto é resultado das ações desenvolvidas pelo “Grupo de Pesquisa em Geografia do Turismo/GGEOTUR, da Universidade Federal do Pará, vinculado à Faculdade de Geografia e Cartografia, sediado no Campus Belém, e uma das problemáticas que motivou a criação do grupo foi a quase inexistência de ações voltadas para o turismo que valorize seu potencial histórico, cultural, patrimonial. Assim, nos últimos anos, seja através de projetos de pesquisa, ensino ou extensão, temos nos dedicado a promover o debate sobre essas temáticas, desenvolvendo ações relacionadas à educação patrimonial, tendo como lócus de atuação a cidade de Cametá, no estado do Pará.
2) Você acompanhou o CAEduca, então presenciou discussões variadas sobre educação. O que mais lhe chamou atenção no evento?
Essa é a segunda vez que participamos do evento. O que chamou a atenção, no contexto da programação do CAEduca realizado em 2024, foram os variados temas e interfaces abordadas sobre a educação. Assim, destacamos na programação de 2024, por exemplo, a questão da ética na sociedade contemporânea e sua interface com um tema tão complexo da nossa sociedade atualmente que é a inteligência artificial. Assim, ressaltamos que a discussão sobre as tecnologias e educação foi um ponto alto do evento, debatendo a sua relação com o processo ensino e aprendizagem. Destacamos, do mesmo modo, o debate promovido no evento sobre saúde mental e ambiente escolar e educação especial com foco para o autismo, temas extremamente relevantes na contemporaneidade.
3) O seu artigo fala sobre o topocídio e o esvaziamento das memórias afetivas. As pessoas poderão acessá-lo no livro do CAEduca, mas poderia nos contar em linhas gerais do que ele trata?
As questões relacionadas ao patrimônio e à fotografia encontram-se praticamente ausentes no processo de ressignificação da memória dos lugares. Essa realidade nos motivou a tentar desenvolver uma abordagem mais pontual sobre o estudo do tema. Nestes termos, o debate sobre a fotografia como documento histórico traz a possibilidade e a necessidade de se pensar a valorização do patrimônio, e considerando o potencial que a cidade de Cametá, no estado do Pará, uma “Cidade histórica da Amazônia”, possui para se trabalhar a educação patrimonial, buscamos, a partir de uma abordagem geográfica, destacar aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais, evidenciando, assim, a Educação Patrimonial e sua importância para registro e salvaguarda do patrimônio.
4) Bom, outros educadores vão se espelhar em você para participarem do próximo CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir artigos de qualidade e inovadores na educação?
Alguns fatores são essenciais para se fazer um bom artigo. Destacamos em primeiro lugar, a proximidade ou conhecimento mais aprofundado a respeito do tema, o que dará prazer e mais vontade para desenvolver a pesquisa. Em segundo lugar, é importante considerar a atualidade do tema a ser tratado, pois esse fator pode potencializar o interesse dos leitores. Em terceiro lugar, podemos destacar o planejamento e organização do tempo para escrever, pois é necessário fazer as leituras para se aprofundar na abordagem dos autores e conceitos tratados, assim como sobre desenvolvimento da metodologia e/ou procedimentos metodológicos a serem utilizados. Por fim, buscar sempre a excelência na escrita, fazendo a revisão do texto antes do envio ou entrega da versão final do trabalho.
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