A entrevistada desta vez é Maria Barros
Maria Barros é Graduada em Letras (UFMS), Mestre em Letras/Literatura e Estudos Culturais (UFGD), Doutoranda em Letras/Literatura Comparada (UEL), Consultora de projetos Ad Hoc (UEMS), Servidora pública estadual (AGEPEN). É Pesquisadora da área de oralidade, memórias, testemunhos orais, educação e sistema prisional brasileiro; gestora de projetos na área de ressocialização e humanização no sistema prisional feminino de Rio Brilhante/MS. É também Coordenadora do GT TEMAS CONTEMPORÂNEOS DE EDUCAÇÃO do CAEduca 2021.
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Minha trajetória foi trilhada com muito esforço, dedicação, e também muito prazerosa. O trajeto trouxe pessoas fantásticas, dadivosas e comprometidas com a produção do conhecimento. Como mãe, esposa, rotina de trabalho de quase 60 horas semanais em uma penitenciária feminina, dedicar-se aos estudos acadêmicos é preciso ser tenaz. Poder contribuir com a produção acadêmica e com os conhecimentos científicos é uma grande honra. Sempre fui admiradora das pessoas que dão um passo a mais na direção do saber, pois o conhecimento científico acadêmico sempre eleva humanamente o pesquisador, a pesquisadora, pois a pesquisa nunca é um fim em si mesma, ela está sempre voltada para que seus resultados enobreçam a sociedade e torne melhor a vida das pessoas e do ambiente que as cerca. Fazer parte dessa engrenagem é gratificante e também desafiador.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
A grande virtude do CAEduca, a meu ver, é a possibilidade de agregar diversos saberes em um mesmo congresso, oportunizando que todos os pesquisadores da área da educação participem, divulguem e prestigiem os trabalhos que estão em voga no momento, ou seja, considero o congresso uma imensa vitrine para se inteirar do que se discute na academia. Novas pesquisas e novos olhares para esse tema tão antigo, porém sempre atual e que não se esgota, afinal, a educação é a espinha dorsal da sociedade. O compromisso com uma sociedade onde todos tenham dignidade e visibilidade deve ser a essência do educador, da educadora.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
Os desafios contemporâneos da educação, nestes tempos tão difíceis onde a ciência e o saber secular acumulado é desqualificado, refletir sobre a educação e os obstáculos impostos é tarefa essencial, fundamental para nortear as práticas educadoras de hoje e do futuro. O principal desafio é harmonizar no mesmo cesto todas as práticas e concepções, sem excluir nenhuma vertente, sem privilegiar partes, ou seja, buscar a unidade na pluralidade.
4) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores
Acredito que a lealdade a si e ao tema escolhido é fundamental. Escrever não é fácil, porém se há um objetivo a ser alcançado, é preciso ser leal a si, se esforçando, superando limites, com leituras, leituras, leituras e reflexões sobre o lido, questionar o lido, interagir com o lido, e dessa forma manter a fidelidade ao objeto de estudo. Texto pronto não cai do céu, também não precisa ser suplício, a busca pelo equilíbrio, que é diferente para cada um, é a bússola dessa jornada.
Gostou da entrevista? Não esqueça de comentar e compartilhar.
Para mais informações sobre o CAEduca e se cadastrar para novidades, visite o site www.caeduca.com