O entrevistado da vez é Rafael Christian de Matos.
Rafael Christian de Matos é Farmacêutico, Mestre e Doutorando em Ciências Farmacêuticas na Universidade Federal de Minas Gerais. Atuou como bolsista em projetos comunitários de educação alimentar, controle de qualidade e processos analíticos de fitoterápicos. Durante o período da pandemia de COVID-19 atuou em pesquisas envolvendo a percepção docente e discente em educação e saúde, em uma universidade pública do país. Atualmente atua na validação de saberes tradicionais de plantas medicinais para tratamento de doenças inflamatórias, com ensaios pré clínicos em modelos in vivo e in vitro. Com ampla experiência profissional em indústria farmacêutica, nos setores de Desenvolvimento Analítico, Controle de Qualidade e Estabilidade, atuou no Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais com medidas educativas a populações interioranas.
Doutorando pela UFMG com mais de 8 anos de atuação em projetos sociais e educacionais, atuando em programas de controle de qualidade de produtos comercializados para a população. Premiado nacionalmente com relevância acadêmica durante o mestrado e em projetos de desenvolvimento educacional.
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Antes de escolher uma profissão, escolhi ser pesquisador. Cursei farmácia na Universidade Federal de Minas Gerais, e pude ter contato com diversos projetos de pesquisa e extensão. Atuando no ensino e educação sobre hábitos alimentares e de higiene para crianças em situação de vulnerabilidade, e em projetos de propagação do conhecimento acerca dos riscos da utilização de drogas de abuso. Durante a pandemia, pude realizar o monitoramento da percepção de saúde e satisfação de docentes e discentes de uma universidade pública, onde ao finalizar, ingressei no mestrado, realizando o resgate de saberes de populações originárias do Brasil acerca de plantas com finalidade antiinflamatória, projeto no qual, desenvolvo meu doutorado.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
O CAEduca sempre proporciona ótimos momentos de troca entre pesquisadores e entusiastas, com palestrantes incríveis e uma programação sempre atualizada e interesante. Além disso, os grupos de pesquisa estão com temas muito relevantes que com toda a certeza irão proporcionar grande divulgação científica e troca entre pesquisadores.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
A educação no ensino superior é muito ampla e vasta. A diferença de realidade no ensino superior possui diversas camadas. Gênero, cor, sexualidade, condições sociais e etc. A pesquisa envolvendo o ensino superior precisa ter o cuidado de avaliar o real perfil dos entrevistados, com as diversas nuances envolvidas para que a pesquisa possa ser extrapolada para outros contextos. O tratamento estatístico de pesquisas quantitativas envolvendo este público também pode ser outro ponto de dificuldade, devido ao caráter espúrico de alguns desfechos e a necessidade de construção de modelos multivariados para conseguir responder as perguntas e hipóteses da pesquisa.
4) Considerando que sua abordagem pode servir de inspiração para futuras contribuições no CAEduca, qual seria seu conselho para aqueles que desejam criar textos originais e de alta qualidade?
É muito gratificante poder participar de momentos de trocas entre colegas de diversas profissões que estão construindo ciência. Durante o desenvolvimento de pesquisas o caminho pode parecer muito solitário, e ao vermos que somos muitos com um mesmo propósito é muito gratificante. Além disso, nas discussões sempre surgem novas perguntas de pesquisas que ajudam a fortalecer o desenvolvimento de novas frentes de atuação de todos.
5) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Sempre devemos pensar no propósito da pesquisa que estamos realizando. Qual o público que pesquisamos, qual o retorno social que a nossa pesquisa trará e como podemos torna-la acessível ao publico em geral. Entender os contextos e as necessidades sociais sempre serão ótimos caminhos para que possamos realizar a produção de textos com qualidade e inovação. Além disso, estarmos antenados nas pesquisas que estão sendo realizadas, sempre possibilitam avançar em diferentes sentidos na ciência. Por isso, congressos de grande relevância como o CAEduca, são tão enriquecedores e gratificantes.
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