O entrevistado da vez é Felipe Rebêlo.
Felipe Rebêlo é Doutor e Mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pós-Doutor em Democracia e Direitos Humanos pela Universidade de Coimbra. Advogado, Consultor Jurídico e Professor nos cursos lato sensu em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Membro do corpo editorial do Journal of Political Science and International Relations (EUA). Autor das seguintes obras – “A Filosofia do Direito em Thomas Jefferson” (Lumen Juris), “A Democracia Social Global e o enfrentamento da crise democrática” (Thoth), “Democracia e Contrademocracia: reflexões jurídico-filosóficas” (Thoth), “1776. A Revolução das Revoluções: a construção dos conceitos de direito e justiça social” (Mackenzie) e “Atividade Econômica e Publicidade Comparativa: a defesa do consumidor e da concorrência” (Atlas/Grupo Gen).
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Conclui meu doutorado e meu pós-doutoramento nos últimos anos, e pude desenvolver com mais afinco minhas atividades acadêmicas tanto como professor, como pesquisador atuante em grupos de pesquisa, o que me levou a ser selecionado a ocupar a função de membro do corpo editorial do Journal of Political Science and International Relations, coordenando atualmente o projeto “Law and New Technologies: Innovations in the Process”.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
A atualidade dos temas compreendidos por cada grupo de trabalho, a sua variedade que permite a compreensão da educação sob os mais diversos matizes, a possibilidade de participação maciça da comunidade acadêmica, propiciando a troca de experiências e conhecimentos através da interdisciplinaridade das pesquisas e, por fim, o modelo inteligente de formatação do Congresso.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
Compreender que a educação é um processo fundamental para o desenvolvimento social, assim como é fundamental o entendimento e o manejo das novas tecnologias, como a inteligência artificial, para o alcance daquele processo fundamental de forma mais efetiva e inclusiva. Outro grande desafio é se pensar em como é possível a facilitação do acesso à inteligência artificial e seus recursos no desenvolvimento do processo educacional, bem como estruturar a sua utilização de forma a que as capacidades cognitivas humanas não sejam suprimidas em todo o processo. Quer-se com isto dizer que o importante é empreender a educação utilizando-se de uma ferramenta – a IA, sendo esta nada mais que uma ferramenta, e não um fator maior que o fim do processo educacional, ou do que o próprio indivíduo que precisa se desenvolver de acordo com suas capacidades. Esse desenvolvimento não pode ser desnaturado em virtude do emprego de uma ferramenta de aprendizado, que limite ou direcione o indivíduo para longe de suas capacidades e aptidões naturais.
4) Como a experiência de coordenar um Grupo de Trabalho no CAEduca pode influenciar sua prática acadêmica ou profissional futura?
É mais uma experiência muito rica a ser recolhida, e que propicia o contato com novas formas de se enxergarem e ressignificarem temas e problemas de pesquisa caros à educação, base fundante da minha atividade acadêmica e profissional. Possibilita, dessa forma, a abertura para novos pontos de vista técnico-científicos, que podem aprimorar a atuação profissional de todos os participantes do Congresso, em quaisquer dos níveis de atuação.
5) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Antes de mais nada, é necessário se atentar às regras técnicas de produção de trabalhos científicos, que não são meramente decorativas, e que cumprem a função de facilitar a exposição técnico-científica dos pesquisadores. Por fim, recomendo sempre se atentar não somente aos temas que instigam a subjetividade de cada pesquisador, como também àqueles temas que mais são tratados no meio científico, apresentando pontos sobre estes muitas vezes inexplorados pelas produções científicas, ou explorados de forma parcial.
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